
Queria tomar banho de chuva
Fui para o terreiro de casa. Ela me viu, segurou forte meu pulso, espremeu feito barbante apertado e explodiu de frases dizendo que "não pode fazer isso, menino, vai ficar resfriado!"
Uns dois beliscões e um tapa na bunda e eu me escondi da chuva (até a chuva se escondeu de nós). Doeu.
Teve um dia que eu fui mesmo pra chuva. Fui no proibido lá para o terreiro de casa. Ela não estava vendo. Tomei a chuva. Engoli.
Lavei os beliscões, os tapas no bumbum e as explosões. Saí sem peso, só com o leve.
Num entendi qual era a dela. Teve um dia que tomei chuva. Nem foi de querência. Tava era na rua, voltando da escola e chutando pedrinhas.
Aí a chuva veio, tentei correr pra não pegar resfriado, depois achei que correr de chuva por medo era bobeira.
Tomei chuva e engoli tudo de novo. Ultrapassei as sensações. Fiquei tempo todo de olho fechado. Porque olho aberto não enxerga direito.
Gota de chuva é permeável. Passarinho nada livre enquanto voa.
Num entendi nada: se a chuva, algum dia, acaba vindo sem querência, por que é que a gente não pode nadar no voo dela por vontade própria?
Cheguei em casa leve leve feito brabulheta.
Pequei até um resfriado. Não doeu.
Aah, que lindo!
ResponderExcluirlindo me segue no meu blog tbm bjs
ResponderExcluirhttp://luana-make.blogspot.com.br
Ai que lindo!!!
ResponderExcluirEstou seguindo seu cantinho, e te convidando para conhecer o meu.
Tem um selinho para você em meu Blog, espero que goste!
É um carinho para os Blogueiros que estão começando agora, é uma maneira de ajudar!!!
beijos e te espero la!!!
http://crisavolio.blogspot.com.br/2012/05/carinho-com-selinho.html